sexta-feira, 25 de junho de 2010

Primeira impressão...

Preciso ler "Budapeste", do Chico Buarque.
Porque li "Leite Derramado" e não achei à altura das críticas positivas que Chico recebera por aqui, na redação do meu trabalho, como escritor.
O que percebi, no último livro lançado por um dos maiores intérpretes da música brasileira, foi algo como uma tentativa de se aproximar do Memórias Póstumas de Brás Cubas, do Machado de Assis - que já fora escrito sob forte influência de outro romance onde o morto contava sua história - com a diferença de que as memórias do Eulálio (personagem central de Leite Derramado) não eram ainda póstumas, mas apenas moribundas...
Apesar disso tudo, não é um livro ruim. É inteligente, é escrito em uma narrativa quebrada, realmente interessante. Mas não frequenta o rol dos grandes livros.
Entretanto, ele nos reserva uma frase maravilhosa, daquelas que quando lemos, fica tatuada em nossa mente. Uma frase que eu queria ter dito, pensado ou composto: "...Porque tudo é mesmo uma merda. Mas depois melhora um pouco, quando de noite a namorada vem".
O Chico não se revelou para mim, por esse livro, um grande escritor. Mas aquela frase, que simplifica a essência da vida adolescente, valeu o livro...

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